Análise do jogo
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Análise do jogo
Finalmente encarnando um pokémon
"Pokémon Mystery Dungeon" é um tanto difícil de definir - na verdade, a série "Mystery Dungeon", que já teve edições com mascotes como Chocobo, o pássaro de "Final Fantasy", e Torneko, o comerciante de "Dragon Quest IV", é quase um gênero próprio. Está mais próximo de um RPG, mas mistura ação "normal" e por turnos, por incrível que pareça. Ele vem em duas edições: a "Blue Resscue Team" é para Nintendo DS e a "Red Rescue Team" é para Game Boy Advance.
Uma das grandes características da linha "Mystery Dungeon" da ChunSoft se faz presente na edição "Pokémon": os labirintos construídos aleatoriamente. Ou seja, você não encontra um mapa igual ao outro, mas isso não quer dizer que a variação seja enorme entre um e outro: muda o formato, mas não modifica em quase nada sua estratégia. Cada mapa é bem pequeno, mas cada caverna possui diversos andares, mas a escada é apenas para uma direção, ou seja, não é possível retornar ao andar de origem. Para sair da caverna há apenas duas opções: chegar ao andar final ou morrer. Isso gerava uma tensão constante nos outros games da série, mas isso não acontece muito em "Pokémon Mystery Dungeon", pois tudo foi facilitado.
Em termos de enredo, o título traz algumas novidades. Não é sempre que se pode controlar diretamente os pokémons como agora, que aqui agem por conta própria. O jogador é um humano que, misteriosamente, acaba virando um monstrinho - o que você vai se tornar depende da resposta de um questionário que analisa sua personalidade - e cai num mundo habitado por essas criaturas.
Também é a chance de saber como eles pensam - não era muito fácil ler nas entrelinhas de "frases" como "Pikachu!" ou "Psy..." dos games tradicionais - já que, como um pokémon, você passa a entender o que eles estão dizendo. Depois de cair no mundo dos monstrinhos, você, e mais um companheiro - escolhido pelo próprio jogador - irão resgatar um pokémon perdido, e depois de cumprido o favor, montam um grupo de resgate.
Cavernas misteriosas diluídas em água
Existem dois tipos de missões no game. Uma é a majoritária, aquela que faz avançar o enredo e, geralmente, abrem novas cavernas para explorar. Mas, para que cheguem essas ofertas de trabalho, você terá de cumprir uma série de missões alternativas, que lhe são passadas por mural de recados ou em sua caixa de correios. Esses objetivos paralelos são muito simples: geralmente é preciso chegar num determinado andar e falar com um pokémon específico, às vezes munido de um item. Ou seja, é aquele velho truque de inflar artificialmente a duração do jogo, que aqui chega a 20 horas.
Mas, como sempre acontece nessa série, há muito que fazer depois de ver o final, com a introdução de novas habilidades e fases mais difíceis. Ainda é possível evoluir os pokémons e tentar colecionar as 387 espécimes - as criaturas selvagens podem se unir a seu grupo quando derrotados. Mas para consegui-las todas, é preciso lançar mão de alguns truques, como trocar com os amigos, mas nesse game, é possível ter todos sem a ajuda de um segundo cartucho.
O grande problema de "Pokémon Mystery Dungeon" é que ele fica repetitivo rapidamente. A causa disso é que várias características da série "Mystery Dungeon" foram extirpadas. Antes, cada visita a uma nova caverna era como um novo começo, já que os personagens voltavam ao nível 1, muito fraco, e a maior diversão era buscar itens cada vez mais poderosos, mas eles eram uma caixa de surpresas, já que você só conseguia identificá-los usando um item específico ou retornando à superfície. A tensão era permanente, pois você sai da caverna ao chegar ao último andar ou morrendo e, nesse caso, você perde todos os itens que tinha. Claro que havia outros meios para retornar ao solo, mas o perigo de morrer era constante e decisões equivocadas poderiam levar a um desastre. Bom, você até perde o tesouro quando morre, mas como o game é mais fácil, isso não chega a ser um grande problema.
Você tem que pegá-los todos... novamente
Aqui, como sempre, o negócio é capturar novos pokémons e evoluí-los, o que você só consegue fazer depois de terminado o game. Não há muito desafio no game, já que o aumento de level é permanente e basta ficar ganhando experiência para conseguir passar por cavernas com inimigos mais fortes. Nos outros games, era preciso caçar por bons itens e usá-los conforme as características da caverna para superar os desafios.
O funcionamento é quase o mesmo, à primeira vista. O grupo do jogador, que pode ter até quatro monstrinhos (mas você controla apenas um) e jogado num mapa, onde há inimigos, armadilhas, itens e uma escada para o andar inferior. Às vezes, a escada aparece logo na sala onde você começa, então você pode até ganhar um pouco de tempo, mas também perde os itens que estão espalhados no andar. O andamento mistura ação com turnos, ou seja, os inimigos só se mexem depois do jogador. Para enfrentar os inimigos, que aparecem no mapa, basta ficar junto a eles - alguns golpes acertam longe -, virar-se em sua direção e usar diversas opções de ataque, como uma trombada simples ou golpes especiais, além de itens. Demora um pouco para pegar o jeito dessa mistura, mas uma hora se aprende a lidar com essa característica particular.
Os especiais são contados, mas geralmente são suficientes para passar uma caverna sem se preocupar com a quantidade, ao menos nas partes iniciais - na verdade, o game encoraja a usá-los, já que a experiência ganha assim é bem maior. Esses ataques podem virar uma seqüência se forem cadastradas em lojas especializadas como tal. Assim, você pode, numa rodada, usar até quatro golpes.
Nivelando por baixo
Sendo um game da linha pokémon, há várias maneiras de conectar os games. As versões para Nintendo DS usam a rede Wi-Fi, sem fio, enquanto as edições para Game Boy Advance podem se ligar com cabos. Além disso, os dados entre as versões dos dois portáteis podem transitar no Nintendo DS, colocando os dois cartuchos, ou usando uma senha de 54 caracteres. É longo, mas é uma opção. Um das utilizações mais interessantes do sistema é mandar uma carta de SOS para um amigo, para ele vir resgatar o companheiro, assim, este consegue manter seus itens e pode mandar um presente de agradecimento.
As edições para Game Boy Advance e Nintendo DS são virtualmente idênticas. O visual é até bonito, mas é um estilo já usado desde "The Legend of Zelda" para Super NES. Os pokémons, para variar, foram graciosamente desenhados e, apesar de pequenos, mostram bom nível de detalhes. As animações são boas e tem até aquele teatrinho de avatares.
Infelizmente, os recursos do DS foram subutilizados. Até é possível controlar o menu com a caneta, mas usar o direcional e os botões é muito melhor. As duas telas servem para mostrar, ao mesmo tempo, a tela de jogo e as de status, mas isso não chega a ser uma enorme vantagem em relação à edição para GBA, já que as informações não chegam a ser essenciais. O som também não surpreende, trazendo efeitos típicos da série. A trilha sonora também segue a tradição, em geral alegres, mas nada que fique na memória. Enfim, o nível de produção foi nivelado para os padrões do portátil da geração anterior.
"Pokémon Mystery Dungeon" é um tanto difícil de definir - na verdade, a série "Mystery Dungeon", que já teve edições com mascotes como Chocobo, o pássaro de "Final Fantasy", e Torneko, o comerciante de "Dragon Quest IV", é quase um gênero próprio. Está mais próximo de um RPG, mas mistura ação "normal" e por turnos, por incrível que pareça. Ele vem em duas edições: a "Blue Resscue Team" é para Nintendo DS e a "Red Rescue Team" é para Game Boy Advance.
Uma das grandes características da linha "Mystery Dungeon" da ChunSoft se faz presente na edição "Pokémon": os labirintos construídos aleatoriamente. Ou seja, você não encontra um mapa igual ao outro, mas isso não quer dizer que a variação seja enorme entre um e outro: muda o formato, mas não modifica em quase nada sua estratégia. Cada mapa é bem pequeno, mas cada caverna possui diversos andares, mas a escada é apenas para uma direção, ou seja, não é possível retornar ao andar de origem. Para sair da caverna há apenas duas opções: chegar ao andar final ou morrer. Isso gerava uma tensão constante nos outros games da série, mas isso não acontece muito em "Pokémon Mystery Dungeon", pois tudo foi facilitado.
Em termos de enredo, o título traz algumas novidades. Não é sempre que se pode controlar diretamente os pokémons como agora, que aqui agem por conta própria. O jogador é um humano que, misteriosamente, acaba virando um monstrinho - o que você vai se tornar depende da resposta de um questionário que analisa sua personalidade - e cai num mundo habitado por essas criaturas.
Também é a chance de saber como eles pensam - não era muito fácil ler nas entrelinhas de "frases" como "Pikachu!" ou "Psy..." dos games tradicionais - já que, como um pokémon, você passa a entender o que eles estão dizendo. Depois de cair no mundo dos monstrinhos, você, e mais um companheiro - escolhido pelo próprio jogador - irão resgatar um pokémon perdido, e depois de cumprido o favor, montam um grupo de resgate.
Cavernas misteriosas diluídas em água
Existem dois tipos de missões no game. Uma é a majoritária, aquela que faz avançar o enredo e, geralmente, abrem novas cavernas para explorar. Mas, para que cheguem essas ofertas de trabalho, você terá de cumprir uma série de missões alternativas, que lhe são passadas por mural de recados ou em sua caixa de correios. Esses objetivos paralelos são muito simples: geralmente é preciso chegar num determinado andar e falar com um pokémon específico, às vezes munido de um item. Ou seja, é aquele velho truque de inflar artificialmente a duração do jogo, que aqui chega a 20 horas.
Mas, como sempre acontece nessa série, há muito que fazer depois de ver o final, com a introdução de novas habilidades e fases mais difíceis. Ainda é possível evoluir os pokémons e tentar colecionar as 387 espécimes - as criaturas selvagens podem se unir a seu grupo quando derrotados. Mas para consegui-las todas, é preciso lançar mão de alguns truques, como trocar com os amigos, mas nesse game, é possível ter todos sem a ajuda de um segundo cartucho.
O grande problema de "Pokémon Mystery Dungeon" é que ele fica repetitivo rapidamente. A causa disso é que várias características da série "Mystery Dungeon" foram extirpadas. Antes, cada visita a uma nova caverna era como um novo começo, já que os personagens voltavam ao nível 1, muito fraco, e a maior diversão era buscar itens cada vez mais poderosos, mas eles eram uma caixa de surpresas, já que você só conseguia identificá-los usando um item específico ou retornando à superfície. A tensão era permanente, pois você sai da caverna ao chegar ao último andar ou morrendo e, nesse caso, você perde todos os itens que tinha. Claro que havia outros meios para retornar ao solo, mas o perigo de morrer era constante e decisões equivocadas poderiam levar a um desastre. Bom, você até perde o tesouro quando morre, mas como o game é mais fácil, isso não chega a ser um grande problema.
Você tem que pegá-los todos... novamente
Aqui, como sempre, o negócio é capturar novos pokémons e evoluí-los, o que você só consegue fazer depois de terminado o game. Não há muito desafio no game, já que o aumento de level é permanente e basta ficar ganhando experiência para conseguir passar por cavernas com inimigos mais fortes. Nos outros games, era preciso caçar por bons itens e usá-los conforme as características da caverna para superar os desafios.
O funcionamento é quase o mesmo, à primeira vista. O grupo do jogador, que pode ter até quatro monstrinhos (mas você controla apenas um) e jogado num mapa, onde há inimigos, armadilhas, itens e uma escada para o andar inferior. Às vezes, a escada aparece logo na sala onde você começa, então você pode até ganhar um pouco de tempo, mas também perde os itens que estão espalhados no andar. O andamento mistura ação com turnos, ou seja, os inimigos só se mexem depois do jogador. Para enfrentar os inimigos, que aparecem no mapa, basta ficar junto a eles - alguns golpes acertam longe -, virar-se em sua direção e usar diversas opções de ataque, como uma trombada simples ou golpes especiais, além de itens. Demora um pouco para pegar o jeito dessa mistura, mas uma hora se aprende a lidar com essa característica particular.
Os especiais são contados, mas geralmente são suficientes para passar uma caverna sem se preocupar com a quantidade, ao menos nas partes iniciais - na verdade, o game encoraja a usá-los, já que a experiência ganha assim é bem maior. Esses ataques podem virar uma seqüência se forem cadastradas em lojas especializadas como tal. Assim, você pode, numa rodada, usar até quatro golpes.
Nivelando por baixo
Sendo um game da linha pokémon, há várias maneiras de conectar os games. As versões para Nintendo DS usam a rede Wi-Fi, sem fio, enquanto as edições para Game Boy Advance podem se ligar com cabos. Além disso, os dados entre as versões dos dois portáteis podem transitar no Nintendo DS, colocando os dois cartuchos, ou usando uma senha de 54 caracteres. É longo, mas é uma opção. Um das utilizações mais interessantes do sistema é mandar uma carta de SOS para um amigo, para ele vir resgatar o companheiro, assim, este consegue manter seus itens e pode mandar um presente de agradecimento.
As edições para Game Boy Advance e Nintendo DS são virtualmente idênticas. O visual é até bonito, mas é um estilo já usado desde "The Legend of Zelda" para Super NES. Os pokémons, para variar, foram graciosamente desenhados e, apesar de pequenos, mostram bom nível de detalhes. As animações são boas e tem até aquele teatrinho de avatares.
Infelizmente, os recursos do DS foram subutilizados. Até é possível controlar o menu com a caneta, mas usar o direcional e os botões é muito melhor. As duas telas servem para mostrar, ao mesmo tempo, a tela de jogo e as de status, mas isso não chega a ser uma enorme vantagem em relação à edição para GBA, já que as informações não chegam a ser essenciais. O som também não surpreende, trazendo efeitos típicos da série. A trilha sonora também segue a tradição, em geral alegres, mas nada que fique na memória. Enfim, o nível de produção foi nivelado para os padrões do portátil da geração anterior.
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